domingo, 9 de agosto de 2015

Vinnie Paul: "O Linkin Park é a única banda grande desse século"

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O site australiano voltado para negócios e finanças do mundo musical MUSIC BUSINESS FACTS conversou com o ex-baterista do PANTERA e atualmente no HELLYEAH VINNIE PAUL ABBOTT semana passada e o indagou sobre sua relação pessoal e corporativa com a música. O jornalista Rodney Holder o perguntou, dentre várias outras coisas, se ele acha que ainda precisaria de uma gravadora caso estivesse começando sua carreira hoje em dia, ou se ele acha que bandas novas podem ser bem-sucedidas de modo independente. Vinnie respondeu:

“Sabe, eu queria que as coisas voltassem ao jeito tradicional, onde as pessoas seguravam o vinil e olhavam para o disco e sabiam de tudo sobre a banda. O mundo de hoje é tão ‘vem hoje, some hoje à tarde’, ‘eu vou baixar essa música. Quem se importa com que banda é? Eu acabei de baixar dezoito músicas de dezoito bandas diferentes que eu amo’. As pessoas não estão ligadas às bandas como costumavam estar. Então, as gravadoras estão… eu acho que elas vão permanecer, e espero que um dia achem um modo de vencer ao que está acontecendo com o sistema digital e tudo mais, mas eu não acho que veremos de novo um dia onde as gravadoras vendam 2 ou 3 milhões de cópias por semana. Quero dizer, eu acho que só houve uma banda ano passado que ganhou disco de platina. Eu não me lembro de quem… Taylor Swift ou alguém assim. E só. E foi uma queda enorme. Então, qualquer um pode lançar um CD e dizer que está em uma gravadora e isso e aquilo. Eu realmente não saberia exatamente como abordar o lançamento de uma banda nova. Eu não manjo muito de empresariamento e coisas do gênero. Mas eu digo que seria muito difícil, cara. Se você olhar para as bandas que estão encabeçando o elenco dos festivais hoje em dia, não tem banda nova nenhuma – é sempre o METALLICA, é sempre o AEROSMITH, é sempre o JUDAS PRIEST, VAN HALEN, KISS… são sempre essas bandas que estão por aí faz quarenta anos. A única banda que eu consigo lembrar que surgiu nos últimos dez ou quinze anos e que tem cacife para ser nome de topo em um festival é o LINKIN PARK, e só. Talvez o SLIPKNOT também. Não tem havido o tipo de desenvolvimento de artista que havia antes. Quando algumas dessas bandas mais velhas começarem a se aposentar e não conseguirem mais tocar, vai ser um choque para o circuito de turnês, cara. A [empresas de organização de turnês e espetáculos] Live Nation e AEG e todas essas pessoas vão ter que inventar um jeito de transformar essas outras bandas em nomes grandes. Ou isso ou os festivais vão desaparecer, sabe, porque todo ano, se você olhar para o elenco dos festivais, tem uma dessas bandas jurássicas. ”

Indagado se ele apoia serviços de streaming de música como o Spotify e o Apple Music:

“Mais uma vez, é algo que estaria fora do meu controle. A gravadora, uma vez que você dá os masters para eles, é dona deles e eles podem fazer o que querem com o material. Se eu concordo com o que ela faz com aquilo ou não, é irrelevante no fim das contas. Então eu acho que o mais importante é levar sua música ao maior número de pessoas que você puder, e esperar que elas gostem do seu trabalho e se tornem fãs e queiram ver você ao vivo. Porque, como eu disse, você não faz mais dinheiro com vendas de discos ou execuções nas rádios, nada disso – tudo gira em torno do show. E o merchandise, sem dúvida."


Fonte: http://whiplash.net/

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