Alguns talvez não saibam quem é Mace Beyers, mas alguns fãs do Linkin Park o conhecem por ele ter feito parte do Grey Daze, que era a banda da qual Chester Bennington fazia parte antes de entrar para o Linkin Park. Embora essa entrevista não seja diretamente relacionada ao Linkin Park, Mace contou sua visão sobre o Linkin Park, a mudança de estilo musical da banda, comenta sobre oA Thousand Suns e também sobre seu relacionamento com Chester. Nossos amigos no Wretches and Kings gentilmente compartilharam essa entrevista conosco, foram eles também que realizaram a entrevista. Se você se interessar, pode ler abaixo:
E aí Mace, é bom vê-lo novamente.
–Oi Maik, como você está?
Estou bem, obrigado. Se estiver tudo bem para você, será que podemos começar a entrevista?
–Sem problema cara, pode mandar.
Quais suas influências musicais?
–Bom, deixa eu pensar, Black Sabbath, Cheap Trick e o antigo R&B, um pouco de funk e jazz. Ah e The Beatles.
Muitas músicas, meu pai tinha uma loja de discos quando eu estava crescendo.
O que o levou a ser músico?
–Isso é algo que eu amo, algo que eu preciso fazer, eu tentei desistir mas é impossível, não consigo, isso é o que eu faço melhor na minha vida, eu acho.
Além do Grey Daze, de que outras bandas você fez parte?
–Bom, você pode conferir meu MySpace, tem muita informação lá: www.myspace.com/macebeyers
Mas já que perguntou, Grey Daze, LBS, Shame, Zeros, Six Beers Deep, Jesse Evil, Drug Opera, Crushing Grapes, So…What, Woodside Quinn. Eu fui baixista em todas essas bandas, menos na So…What, lá eu cantava. Eu já fiz mais de 200 shows em um ano, fazendo turnê pelos estados e alguns shows na Europa também.
Como foi sua passagem pelo Grey Daze?
–Bom, foi ótima, eu gostei muito. Sean era meio fraco musicalmente, Chester era incrível.
Quantos shows você fez com a banda?
–Haha não tenho certeza, muitos.
Você acha que a banda deveria ter sido famosa mundialmente?
–Ah claro, tínhamos grandes esperanças, mas não passou disso, é triste mas é a verdade.
Qual o maior show que o Grey Daze fez?
–Houveram muitos, tocamos em um anfteatro que eu não me recordo o nome agora. Tocamos com o Michal Shanker Group, sem dúvida foi de longe o melhor.
Qual a estimativa de público?
–Alguns milhares.
Conte-me alguma história do Grey Daze, pode ser engraçada ou não, você que sabe:
–Certo, deixe-me ver. Bom, nós abrimos um show para o Suicidal uma vez e seus fãs eram conheidos por serem hostis com as bandas de abertura, então nos bastidores eu disse para a banda se preparar para arrasar a galera. O público estava parado e eu e Chester estávamos nos acabando, eu estava tocando muito naquele momento, tanto que meu polegar pareceu se dividir e bom, os calos no meu polegar começaram a sangrar muito e o sangue estava escorrendo no baixo e aí a galera começou a se agitar haha…
Isso doeu, Mace haha…
Que tal uma história envolvendo Chester?
–Bom, a primeira vez que eu o vi tocar, eu era o gerente de shows do clube em que ele estava, ele estava perto da bateria, quando a música começou ele correu para a frente do palco e caiu porque não estava com seus óculos mas mesmo assim ele não perdeu uma batida sequer hahahah…
Eu entrei para a banda logo depois.
Coitado do Chaz…
Mace, como surgiu essa banda incrível? Qual a história do Grey Daze?
–Chester e Sean começaram a banda, eu entrei depois, eles meio que só faziam cover no começo. Não tenho muito o que falar sobre os tempos da banda antes de eu ter entrado. Entrei quando eles me perguntaram se eu conhecia algum baixista, após o show em que Chester caiu do palco, o guitarrista pensou que eu era muito bravo então ele saiu da banda, nós colocamos um anúncio e conseguimos um guitarrista, mas menos qualificado.
A única razão que levou Chester a entrar no Linkin Park foi por eu ter chamado meu advogado da época para nos ajudar, ele conseguiu um acordo para que nós tocássemos em Los Angeles, o pessoal não gostou do Sean e pediram a Chester que entrasse para o Hybrid Theory, o barco passa apenas uma vez. Isso foi duro, vamos falar de outra coisa.
Como foi seu relacionamento com Chester Bennington ?
–Engraçado haha, foi ótimo, ele era o mais fácil de se relacionar.
Vocês mantêm contato hoje em dia?
–Infelizmente não. Nos afastamos ao longo do tempo alguns anos atrás.
O que você acha sobre o fato de ter estado em uma banda com Chester? Você acha que isso foi bom ou ruim para sua carreira?
–Bom, eu não me arrependo de nada na minha vida, mas eu tive ótimos shows com eles, foi muito bom para minha carreira. A propósito, estou prestes a gravar um novo CD haha…
Fale mais sobre isso…
–A banda se chama Highway Riders. Southbound será a gravadora.
O álbum contará com quantas faixas?
–Não tenho certeza, ainda estamos na pré produção.
De volta ao tópico, estou interessado em um assunto em particular, podemos falar sobre o Linkin Park?
–Claro cara, sem problema.
Você fez teste para o Linkin Park? Isso é verdade?
–Sim.
O que aconteceu?
–Eu acho que pelo fato de eu não me relacionar muito com o lado do hip hop, eles me descartaram, eu toquei as músicas muito bem, e mais uma coisa, eu acho que minha idade foi grande parte do motivo também.
O que você pensa do Linkin Park como uma banda?
–Ótima banda, bom, eu gosto da maioria das coisas que eles fazem. O melhor é Chester. Eu amo as melodias dele. Chester ama Depeche Mode e Stone Temple Pilots, duas bandas diferentes na mesma pessoa, é incrível.
O que você pensa sobre o que algumas pessoas afirmam, que a banda se tornou comercial…
–Música é comercial. Sempre foi comercial (risos)…
Me corrija se eu estiver errado mas Mike Shinoda disse a mesma coisa, por que as pessoas começam a te achar comercial quando está tentando mudar seu estilo musical?
–Mudar seu estilo mussical é normal, quando você fica mais velho, como pessoa e como compositor, você tende a amadurecer um pouco, você tende a ficar mais profundo. É normal.
O Linkin Park conseguiu com o Hybrid Theory um dos álbuns mais vendidos no mundo, para mim é a melhor banda do mundo, e é a banda mais popular no Facebook, o que você acha sobre isso?
–Mike e Chester são ótimos compositores, Chester é um dos melhores cantores no mundo inteiro.
A banda também é bastante esperta nos negócios. Eles são bons.
Você ouviu o último álbum do Linkin Park, A Thousand Suns?
–Primeiro as faixas que saíram nas rádios, depois o álbum completo.
O que você achou?
–Eles mudaram muito o som deles, tem mais sintetizadores do que guitarras.
Isso é bom ou ruim? O que você acha dessa mudança?
–Música é como um sabor que te conecta com suas emoções, eu gostei, está cheio de ótimas melodias.
–Tenho que sair agora cara.
Bom, muito obrigado Mace
–Que é isso Maik. Obrigado você.
Ótima entrevista feita pelos nossos amigos no Wretches and Kings, confira o site deles!
Fonte:mikeshinodaclan.com
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