segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Linkin Park Sempre Evoluindo, Sempre Mudando — Entrevista com Brad Delson

  Philstar postou a seguinte entrevista feita por telefone com Brad Delson onde ele fala sobre o A Thousand Suns e também sobre seu trabalho de caridade.

MANILA, Filipinas — Se o Linkin Park não soa mais como a banda de rock/rap-metal de uma década atrás em seu último álbum, A Thousand Suns, o distanciamento dos sons que antes apresentaram a banda mundialmente para os fãs, tem sido intecional.


Brad Delson, um dos membros fundadores do Linkin Park, expressou em uma entrevista exclusiva por telefone, seu agradecimento pelo apoio à nova direção do grupo.


“Estou muito orgulhoso do álbum A Thousand Suns. Foi realmente um trabalho de amor. E sou muito grato por todo maravilhoso apoio que recebemos, porque foi realmente uma mudança em relação aos nossos álbuns anteriores”, o guitarrista de 33 anos disse sobre o quarto álbum da banda criada em Los Angeles e vencedora de Grammy.


Linkin Park, cujo outros membros são Chester Bennington (vocal), Rob Bourdon (bateria), Dave Farrell (baixo), Joe Hahn (dj e teclado) and Mike Shinoda (vocal), entrou com grande estilo na corrente principal do cenário músical no ano 2000 com seu primeiro álbum, Hybrid Theory. A banda manteve uma maré lucrativa com os lançamentos seguintes, Meteora e Minutes To Midnight em 2003 e 2007, respectivamente.


Depois de trabalharem no álbum todos os dias durante dois anos, o A Thousand Suns foi lançado em Setembro do ano passado. Brad definiu o álbum como um “salto de fé”, encorajado pela esperança maior de que o álbum se ligaria aos fãs da mesma forma que se ligou a eles. E o A Thousand Suns tem provado ser um sucesso comercial, estreando em 1º lugar nas paradas dos EUA e da Europa. Entre os hits estão The Catalyst e Iridescent, faixa que foi usada na trilha sonora de Transformers: Dark of The Moon.


“É realmente bom poder ir ao estúdio e fazer a mais honesta e inspirada música – que é, diferente em cada vez. E ter os fãs conosco ao longo do caminho, acaba sendo a mais excepcional benção”, disse Brad.


O título do álbum é insipirado na escritura do sânscrito hindu, Bhagavad Gita: “Se o brilho de mil sóis irradiasse de uma só vez pelo céu, seria como o esplendor do todo-poderoso” — uma citação que foi imortalizada pelo cientista J. Robert Oppenheimer, em referência à bomba atômica.


O álbum é composto por 15 faixas que também incluem interlúdios instrumentais e amostras de famosos discursos dos ativitas político americanos, Martin Luther King Jr. e Mario Savio. Todos vão além das camadas de sons “orgânicos” e tecnológicos e por isso, A Thousand Suns tem merecido elogios da crítica, por estar rachando o solo e desafiando as conveções.


“É um álbum conceitual no sentido de que é uma narrativa coesa — uma criativa viagem pela qual guiamos o ouvinte. Não é conceitual no sentido literal, mas sim por ser um álbum coeso em oposição a uma coleção de sons”, Brad disse.


De fato, pode-se olhá-lo como um álbum de sons e idéias. Embora a qualidade lírica do Linkin Park já venha sendo descrita como intensa e profunda, parece que ela se aprofundou mais, sem mencionar o estado mais universal, no A Thousand Suns. Isso pode até gerar comentários já que você escuta a banda falando sobre o medo de uma guerra nuclear.


“É definitivamente, pode-se dizer, uma temática política e mundial, mas em um nível tão pessoal que é quase inconsciente, eu não diria que há realmente uma mensagem aberta… é mais uma exploração emocional ou subconsciente dos medos que enfrentamos diariamente”, Brad diz. “A substância emocional no álbum é algo que ressoa com a maioria de nós na banda”.


Isso complementa o que os críticos têm apontado como os principais elementos que tornam este, um duro álbum de rock — o pulsar das cordas do baixo, as guitarras batendo, as does acústicas, versos de rap e as batidas tribais.


Brad também disse que os arranjos das músicas têm um entalhe superior em termos de dificuldades. “Nós temos acordes muito ecléticos, assim é quase impossível descobrir como tocá-los ao vivo. Isso requer muita flexibilidade e criatividade. Uma das faixas favoritas seria When They Come For Me porque nela eu tenho que tocar tambores, guitarra e cantar um pouco. É definitivamente um desafio cada vez que tocamos”.


Nos últimos seis meses o Linkin Park tem estado na estrada promovendo o A Thousand Suns, e este mês o grupo leva a turnê para a Ásia. No topo dos concertos asiáticos está o show do dia 25 de Setembro pelo Grand Prix 2011 de Fórmula 1 de Cingapura. Esta foi a segunda vez que eles foram a atração principal de um evento de F1; a primeira vez foi ano passado em Abu Dhabi.


O grupo também irá se apresentar em Bangkok, Hong Kong e Japão. É uma pena eles não estarem indo para as Filipinas. “Mas nós esperamos que alguns de nossos fãs das Filipinas possam ir para alguns de nossos shows na Ásia, particularmente pro de Cingapura”, disse Brad.


No mês passado, a banda realizou um “show secreto” nos EUA, que serviu como uma arrecadação de fundos para as vítimas do tsunami no Japão. Foi um dos esforços filantrópicos da banda através de sua fundação, Music For Relief, que oferece ajuda às vítimas de desastres por todo o globo.


“O que é realmente legal sobre estar neste grupo é que há diversas oportunidades, não apenas de se expressar criativamente ou nos negócios. Mas também isso nos coloca em uma posição capaz de ajudar as pessoas. Eu estou pessoalmente interessado nisso e é algo que eu gosto de fazer”, disse Brad.


Brad, que se formou summa cum laude (com a maior das honras)
 pela UCLA em Licenciatura em Estudos de Comunicação, criou com sua esposa um fundo de bolsa de estudos que premia anualmente quatro alunos com bolsas integrais de quatro anos na UCLA. Ele também faz parte do conselho de administração de uma organização sem fins lucrativos chamada Little Kids Rock, que dá instrumentos musicais e instrução à crianças carentes de escolas públicas por todo os EUA.


Curiosamente, 2011 é um ano marcante para a banda já que a mesma completa 15 anos desde sua formação, em 1996.


“Isso faz eu me sentir muito velho”, Brad riu. “Mas tem sido fantástico, porque quando começamos a tocar juntos, só fazíamos isso por diversão. Nós certamente nunca pensamos que iríamos ser pagos para fazer isso, que teríamos que viajar pelo mundo, incluindo as Filipinas, e tocar para multidões. Então, é realmente uma benção e eu tento não subestimar isso”.


Como é a banda fora do palco e, o mais importante, o que os mantém unidos? “Todo mundo é bastante legal, estúpido e divertido. Quando não estamos no palco a energia é muito leve, tem muita comédia amadora. A palavra-chave é ‘amadora’”, disse ele. “Antes da banda começar nós éramos amigos. Através dos anos temos trabalhado muito duro para sermos respeitosos uns com os outros. À medida que envelhecemos, esperançosamente mais sábios, o nível de amizade também tem crescido”.


Questionado sobre o segredo da permanência do poder que o Linkin Park tem, ele ponderou: “Acho que os princípios fundamentais para os blocos de construção da longevidade têm sido uma honestidade criativa, uma abertura aos riscos e a integridade. Sobre o último, queremos dizer que não ficamos pensando em como podemos fazer isto ou escrever aquela música para influenciar a maneira que as pessoas irão se sentir. Nós criamos música que nos inspira”.


E não há o que impeça a banda de manter sua integridade e sua fidelidade a si mesma, uma vez que eles trabalham atualmente em seu quinto álbum, o qual apresentará menos “ruídos” e mais assuntos sérios e controversos.


Brad disse: “Em termos de trabalho, a banda no palco está em… bom, é sempre um alvo em movimento. Eu posso falar por mim, eu sou muito grato em relação às oportunidades que temos artisticamente. Estou muito orgulhoso da música que nós continuamos a fazer. Adoro como as coisas continuam mudando e evoluindo”.

  Também encontramos este pequeno artigo no mesmo site, postado há alguns meses:

MANILA, Filipinas – o guitarrista do Linkin Park compartilhou conosco sua recordação favorita de um show da banda de rap-metal nas Filipinas, em 2004.


“Eu provei o melhor frango (churrasco) nas Filipinas. Foi servido durante o show. Nós não conseguimos esquecer isso”, Brad Delson disse à STAR em uma entrevista concedida por telefone.


O Linkin Park é a atração principal do Grand Prix de Formula 1 de 2011, no dia 25 de Setembro.


Eles não estão vindo para as Filipinas, mas eles estão convidando os fãs Pinoys do Linkin Park para irem vê-los em Cingapura.


O mais recente trabalho da banda, “A Thousand Suns”, foi lançado no ano passado, e produziu dois singles Nº 1, até esta data.

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